Quarta-feira, Maio 14, 2025
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DE RONDÔNIA AO TOPO DO CV – Chefe do tráfico que atuava em RO e conheceu Beira-Mar em presídio de Porto Velho agora comanda comunidade no RJ, diz polícia

Segundo a Polícia Civil, ele conheceu o traficante Fernandinho Beira-Mar enquanto cumpria pena no presídio federal de Porto Velho.

Apontado como um dos principais líderes do tráfico de drogas na comunidade da Muzema, Zona Oeste do Rio de Janeiro, Luiz Carlos Bandera Rodrigues, conhecido como “Zeus” ou “Da Roça”, tem uma trajetória criminosa com fortes ligações a Rondônia. Segundo a Polícia Civil, ele conheceu o traficante Fernandinho Beira-Mar enquanto cumpria pena no presídio federal de Porto Velho.

Antes de se consolidar no cenário do crime carioca, “Zeus” já atuava como chefe do tráfico em Vilhena (RO), em 2015. Após ser preso, foi transferido para o sistema penitenciário federal da capital rondoniense, onde teria dividido espaço com Beira-Mar, um dos nomes mais temidos do tráfico nacional.

Conforme apurado pelas autoridades, após ser solto, Luiz Carlos se mudou para o Rio de Janeiro e, com o avanço da pandemia, passou a se esconder na capital fluminense. De acordo com investigações do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro, ele se integrou à cúpula do Comando Vermelho, com apoio direto de Edgar Alves de Andrade, o “Urso” ou “Doca”, do Complexo da Penha. A partir daí, “Zeus” passou a liderar a facção na Muzema, onde enfrentou milicianos pelo domínio territorial.

Operação e atividades criminosas

Nesta terça-feira (13), Luiz Carlos foi alvo de uma megaoperação conjunta do MP-RJ e da Polícia Civil que visa desarticular o avanço da facção na Zona Oeste do Rio. Estão sendo cumpridos 22 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão.

Segundo as investigações, além do tráfico de entorpecentes, o criminoso passou a comandar uma série de atividades ilícitas na região: roubo de veículos e cargas, extorsão de moradores e comerciantes, exploração clandestina de internet e TV a cabo, além da ocupação forçada de imóveis. O lucro é dividido entre o líder e a facção da Penha, que busca expandir seu domínio sobre comunidades como a de Rio das Pedras.

Prisão em Porto Velho

Durante a operação, um dos principais comparsas de Zeus, João Vinícius Tavares Corrêa, considerado seu braço direito, foi preso em Porto Velho, o que reforça os laços do grupo criminoso com o estado de Rondônia.

Especialista aponta influência de presos federais no crime local

Para o especialista em segurança pública Marcos Freire, mesmo sob alto nível de segurança, a presença de líderes de facções no presídio federal de Porto Velho pode impactar diretamente o cenário do crime organizado na região. Segundo ele, a comunicação entre os líderes e o “mundo externo” continua ativa por meio de advogados, visitas e ligações.

— “Quando o criminoso vem pra cá, o staff dele vem junto. Que seja o advogado, que seja um familiar. Ele acaba criando vínculos com criminosos locais e influencia a dinâmica do tráfico e da violência em Rondônia”, explica o especialista.

A história de Zeus evidencia a interconexão entre o crime organizado de Rondônia e as facções de alcance nacional, e como os presídios federais, mesmo com segurança máxima, se tornam pontos de contato entre grandes nomes do tráfico brasileiro.

Fonte: JH Notícias

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