PF investiga “fantasmas” em assembleia legislativa e bloqueia R$ 1 mi. Nesta nova fase, a PF cumpriu seis mandados de busca e apreensão na sede da Assembleia Legislativa e nas residências dos investigados.
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (13/5) a Operação Vinculum, que investiga um suposto esquema de nomeações fraudulentas na Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), voltado à apropriação indevida de recursos públicos e possíveis crimes eleitorais.
A ação, realizada em conjunto com a Procuradoria Regional Eleitoral do Amapá, é um desdobramento da Operação Pretium, deflagrada em março de 2023. À época, a PF já havia identificado indícios de servidores fantasmas ocupando cargos em gabinetes parlamentares, sem exercer funções efetivas.
Nesta nova fase, a PF cumpriu seis mandados de busca e apreensão na sede da Assembleia Legislativa e nas residências dos investigados, localizadas nos bairros Novo Buritizal e Pantanal, em Macapá.
O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) também determinou o bloqueio de até R$ 1,4 milhão em bens, contas bancárias e aplicações financeiras dos suspeitos.
Rachadinha
Segundo as investigações, os “funcionários fantasmas” eram obrigados a repassar parte de seus salários a parlamentares ou intermediários, que usavam os recursos desviados para despesas pessoais ou campanhas eleitorais. A estimativa é que o esquema movimentasse mais de R$ 50 mil por mês em dinheiro público desviado.
A operação desta terça (13) visa aprofundar a coleta de provas e identificar o grau de envolvimento de agentes públicos no esquema, que teria sido operado de forma sistemática nos bastidores da Assembleia.
Os investigados poderão responder por organização criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral e até corrupção de menores, de acordo com a Polícia Federal.