Blitzes educativas, palestras em escolas, ações interativas em espaços públicos, e mobilizações junto a motociclistas, pedestres e ciclistas podem fazer a diferença
Com o tema nacional “Mobilidade Humana, Responsabilidade Humana”, a Campanha Maio Amarelo 2025 reforça o compromisso conjunto de salvar vidas e promover um trânsito mais humano e seguro. Ao mesmo tempo, chama a atenção para o número cada vez maior de pessoas que morrem no trânsito no mundo, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS/2023).
Cerca de 1,19 milhão de pessoas perdem a vida por ano. O trânsito tem sido o principal motivo de mortes entre jovens de 5 a 29 anos. No Brasil, são cerca de 33 mil mortes por ano no trânsito e conforme a OMS, 96% dos acidentes têm como causa principal a falha humana.
Segundo o DataSUS, do Ministério da Saúde, em 2023 quase 35 mil pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito no Brasil — uma morte a cada 15 minutos. Nas rodovias federais, o cenário também preocupa: foram 73.121 acidentes em 2024, com 6.160 mortes, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Cada dado, uma história. Cada número, uma ausência.
CAMPANHA

O movimento Maio Amarelo foi criado em 2014 pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), no Brasil, e desde então ganhou adesão em diversos países. Inspirado pela resolução da ONU que decretou a Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2011–2020), o mês de maio foi escolhido como referência por ter sido, em 2011, o período em que a ONU propôs ações globais para reduzir as mortes no trânsito.
O amarelo simboliza atenção e a sinalização de advertência no trânsito. Atualmente, o movimento é adotado em mais de 30 países, envolvendo governos, entidades civis e o setor privado em uma corrente de conscientização. Blitzes educativas, palestras em escolas, ações interativas em espaços públicos, e mobilizações junto a motociclistas, pedestres e ciclistas podem fazer a diferença.
OBJETIVOS

A campanha visa engajar sociedade, empresas, governos e cidadãos, mudar comportamentos no trânsito, reduzir mortes e lesões e que as pessoas priorizem e respeitem a vida. O cinto de segurança, por exemplo, reduz em até 75% o risco de morte em acidentes. O uso do celular aumenta em até 23 vezes a chance de colisão. Ingerir bebida alcoólica e dirigir aumenta em até cinco vezes o risco de acidentes fatais. Motociclistas representam mais de 50% das vítimas graves no trânsito brasileiro.
“O Maio Amarelo é mais do que uma campanha. É um chamado à responsabilidade coletiva. Em Porto Velho, temos desenvolvido ações educativas, fiscalizatórias e estruturais para tornar o trânsito mais seguro. Este momento é de união entre os poderes públicos, instituições e a população”, afirmou o secretário Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transportes (Semtran), Iremar Torres Lima.
O lançamento oficial da campanha, em Prefeitura de Porto Velho, aconteceu na última quinta-feira (8), em frente à Semtran.

“Elaboramos uma vasta programação com objetivo de conscientizar a sociedade sobre a necessidade de cada um fazer a sua parte para termos um trânsito mais humano, com menos acidentes e, principalmente, sem a perda de vidas humanas”, afirmou o titular da Semtran.
A mensagem vai além das estradas e envolve, também, a saúde mental. “Desacelerar é também olhar para a saúde mental. Muitas infrações têm relação direta com o uso excessivo de celulares, um reflexo de uma vida acelerada demais, ansiosa demais. Desacelerar é olhar para o outro. É entender que a velocidade que parece inofensiva pode ser fatal e que cuidar da vida é a maior demonstração de amor e cidadania”, explicou Lima.
O prefeito Léo Moraes ressalta que a importância da campanha, cujo foco é despertar a consciência crítica dos cidadãos desde a infância. Educar para o trânsito é investir em vidas. Nossas atividades durante o Maio Amarelo vão dialogar diretamente com a comunidade, levando informações que podem evitar acidentes e salvar famílias.
“Quando falamos em desacelerar, não é apenas tirar o pé do acelerador. É mudar a relação que temos com o tempo e com a tecnologia. São pequenas escolhas, como não usar o celular ao volante, respeitar os limites de velocidade e praticar a direção defensiva, salva vidas”, declarou Moraes.
Texto: Humberto Oliveira
Foto: Leandro Morais/ SMC
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)