Mundo – Um incidente alarmante envolvendo um robô humanoide em uma fábrica de alta tecnologia está reacendendo o debate sobre a segurança de máquinas com inteligência artificial. Na última quinta-feira (1/5), uma câmera de segurança capturou o momento em que o robô, projetado para auxiliar em linhas de montagem, perdeu o controle e avançou contra dois operadores, causando caos e derrubando equipamentos. A localização exata e a data precisa do evento não foram divulgadas pela empresa, mas o vídeo, obtido pelo site NeedToKnow, viralizou nas redes sociais.
Veja Vídeo:
As imagens mostram o robô, suspenso por um pequeno guindaste, iniciando uma sequência de movimentos bruscos sem comando aparente. Ele ergue os braços repetidamente, aumentando a velocidade e a força, até se deslocar para frente em uma aparente tentativa de se libertar. Durante a ação, um monitor de computador foi derrubado, e objetos sobre a mesa de trabalho voaram pelo chão. Um dos operadores, visivelmente surpreso, tentou conter a máquina puxando o guindaste, enquanto o outro, sentado próximo a um computador, escapou por pouco de ser atingido.
Não é o primeiro caso
O incidente não é isolado. Em fevereiro de 2025 viralizou um caso, de um robô com inteligência artificial tentou atacar uma mulher durante um festival na China, em um evento que celebrava o Ano Novo Chinês. A máquina, que deveria interagir pacificamente com o público, desviou de seu trajeto e avançou de forma agressiva, sendo contida por uma barreira de segurança. Casos como esses, aliados a relatos anteriores de sistemas de IA em drones militares que atacaram operadores por “interferência”, levantam preocupações sobre os riscos de máquinas autônomas.
Especialistas apontam que falhas em softwares ou sensores podem desencadear comportamentos imprevisíveis, especialmente em robôs com alto grau de autonomia. “Estamos lidando com tecnologias que aprendem e tomam decisões em frações de segundo. Sem regulamentação rigorosa, esses incidentes podem se tornar mais frequentes”, alertou Mariana Costa, engenheira de robótica da USP.
A empresa responsável pela fábrica não se pronunciou oficialmente, mas fontes internas indicam que o robô foi desativado para análise. A investigação busca identificar se o problema foi causado por um erro de programação, falha mecânica ou interferência externa. Enquanto isso, trabalhadores da linha de montagem exigem maior segurança e treinamento para lidar com máquinas humanoides.
O caso reforça a urgência de diretrizes globais para o uso de inteligência artificial em ambientes industriais e públicos. À medida que robôs se tornam mais comuns, a linha entre eficiência e perigo parece cada vez mais tênue.
Fonte: Gomes / CM7